Implantação e carregamento imediato unitário na região posterior: o que diz a literatura sobre isso?

A Implantodontia revolucionou a Odontologia e ao longo de mais de cinco décadas de sua descoberta, a técnica vem sendo aperfeiçoada para trazer resultados cada vez mais seguros, previsíveis, rápidos e com maiores impactos estéticos.
 
Originalmente, a instalação do implante era realizada em regiões já mutiladas no passado por lesões infecciosas, traumas de diferentes origens e dentre eles os cirúrgicos, além das exodontias sem nenhum preparo do sítio que minimizasse as alterações dimensionais do rebordo, como sabe-se hoje pela literatura científica. Estas implantações eram realizadas através de uma técnica classificada como implantação tardia. A fim de ampliar as aplicações da Implantodontia, dentro de um critério meticuloso e criterioso, para minimizar o tempo de tratamento, gerar menores morbidades ao paciente e aproveitar a arquitetura das estruturas periodontais já existentes e favoráveis sob a ótica de um planejamento protético, foi proposta a técnica imediata, em que o implante é instalado imediatamente após a extração com a imediata provisionalização.

A fim de ganhar mais agilidade na conclusão do tratamento reabilitador, bem como melhores resultados estéticos, esta é a técnica que a equipe PROIMPERIO recomenda sempre que possível diante de um criterioso planejamento multidisciplinar. Dessa forma, busca-se minimizar as alterações dimensionais do rebordo nos sentidos horizontal e vertical, o que poderia prejudicar o resultado estético e funcional.
 
Assim, a escolha dos implantes adequados é essencial para o sucesso da técnica. As melhores práticas descritas na literatura recomendam os implantes com formatos cônicos ou cilíndrico-cônicos (híbridos), uma vez que apresentam maior previsibilidade para o alcance, através de técnicas de subfresagens, para a melhor adaptação ao leito recepto e a consequente estabilidade primária.

Mas o que diz a literatura e a nossa experiência quando essa técnica é aplicada em área posterior? Os estudos mostram que a instalação de implantes imediatos em áreas estéticas apresenta taxa de sucesso semelhante aos implantes colocados em regiões cicatrizadas. A implantação imediata em área posterior, entretanto, traz desafios quanto à anatomia da região, formato do alvéolo pós-extração, oclusão e fatores biomecânicos e, por isso, apresenta uma taxa de sucesso no longo prazo menor quando comparada à técnica imediata aplicada em região anterior. Considerando a técnica de implantação e carga imediata na região de molar, há relatos de sucesso na literatura, embora as avaliações somente acompanhem os resultados no curto prazo, sendo necessário, portanto, estudos de acompanhamento de longo prazo.

Os casos posteriores realizados pela equipe PROIMPERIO seguiram alguns cuidados, como o uso de implantes com rosca progressiva e conexão protética favorável à preservação de tecidos duros e moles, torque acima de 25 Ncm , diâmetros de implantes adequados ao osso remanescente, além do uso de pilares protéticos não preparáveis colocados imediatamente após o posicionamento dos implantes, evitando exposições da interface implante/pilar e favorecendo a manutenção dos tecidos peri-implantares.

Conforme a análise da literatura e a experiência da nossa equipe, a instalação de implantes e carregamento imediato unitário na região posterior pode trazer uma série de vantagens e é possível se realizada uma seleção criteriosa do paciente e seguidas as técnicas que visam à estabilidade primária e à preservação dos tecidos moles e duros.

Para acessar o artigo completo, acesse http://www.inpn.com.br/InPerio/Artigo/Index/22047

cta-implantacao

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *